O Amor...
frio e calor
euforia e dor
pedra e flor
O Amor...
luz e treva
nitidez e névoa
batalha e trégua
O Amor...
lento e veloz
herói e algoz
eu e nós
O amor...
azar e sorte
vida e morte
fraco e forte
O amor...
arrebata
ambíguo, faz bem e faz mal
aceita, rejeita
tortura quando distante
conforta se unidos os amantes
O amor...
Qual o segredo?
Sofrer para o ter?
Tentar esquecer?
Jamais!
Sofrerei quanto tempo for
pois sei que o amor
Ainda vai nos trazer.
O segredo do amor?
Simples:
“O Amor Tudo Vence”
J.R.Pedro
Anagnórise significa reconhecimento. Segundo Aristóteles é a passagem do ignorado ao conhecer, para amizade ou inimizade de personagens dentro das narrativas das tragédias gregas.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Devaneios
Deixa eu te contar um segredo dos tantos que em mim escondo,
saber da sua existência me faz sentir viva,
pensar em você me faz sentir realmente mulher,
saber da reciprocidade daquilo que sentimos me faz sentir linda,
poder ter te achado me faz sentir agraciada,
você se tornou o meu mais antigo novo conselho,
saber da sua existência me faz sentir viva,
pensar em você me faz sentir realmente mulher,
saber da reciprocidade daquilo que sentimos me faz sentir linda,
poder ter te achado me faz sentir agraciada,
você se tornou o meu mais antigo novo conselho,
Avassaladora inspiração.
Segredarei ao mundo o que o meu Eu canta baixinho,
É a dor da saudade que me abate quando teu corpo me falta
É o nó na garganta que compromete minhas palavras
É o calor intenso e interno que me afaga
É um amor portentoso que me acalma,
É o entendimento que ao meu espírito a tua alma alcança.
Permita-me, então, dominar teus pensamentos,
Na medida em que minhas ideias percorrem em ti, e
Enquanto isso, o resto de tudo é meio ausência.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
"Pode ser"
Pode ser...
Pode ser lembrança de outros tempos
Pode ser desejo de momentos não vividos
Pode ser fuga de angústias e lamentos
Pode ser a leitura de um livro pedido.
Pode ser....
Pode ser empolgação
Um simples prazer em pegar sua mão
Pode ser a emoção vencendo a razão
Pode ser satisfação...
Pode ser....
Pode ser vaidade
Egoísmo de ter só pra mim um sorriso que aos céus me envie
Pode ser uma insistente saudade
Que por ora se finda, mas faz com que outra se inicie
Pode ser...
Pode ser carinho
Pode ser afeto
Pode ser amizade
Sinceridade
Pode ser...
Pode ser obra de celestiais potestades
Pode ser coragem para enfrentar o perigo
Pode ser tudo isso reunido, tudo fundido
Pode ser até que eu esteja confuso e perdido...
Mas sei...
Que é...
AMOR.
J .R. Pedro
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
O lado bom!
O que seria do poeta se não fossem os sentimentos ditos maus?
Como faria para dissimular aquilo que lhe causa a musa?
E cantar a tristeza de não poder viver um amor,
Ou de perdê-lo,
E disfarçar a angústia que deixa a saudade,
E transmutar o tormento gerado pela impossibilidade de tocá-la,
E amenizar os medos,
E enfeitar realidades?
“O poeta é um medíocre”, Platão,
Porque ele reinventa as verdades,
disfarçando nas letras tudo o que a boca não se encoraja para confessar.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Quase Amor!
Eu sei o que nos une, embora não consiga explicar,
É um querer que queima minhas entranhas
E rouba o juízo
E desvirtua meu norte.
É uma vontade de viver em teus braços
Depois de morrer em teu sexo,
O calor que me invade
Mesmo que o frio se instale,
É um ardor que abranda
Depois que o pensamento te encontra,
E os devaneios te clama;
É uma chama acesa
Apesar de tua ausência,
É um desejo que provoca dor
Depois que divago em ti
É tudo que não sei desenhar
É fervor e calor,
É quase amor.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Inatista
Perdoam-me os empiristas, mas eu sou inatista. Contrariando toda a empiria: nada existe de verdadeiro nos sentidos se não tiver passado primeiro no intelecto. Não é o corpo que pensa, mas a mente; é esta que quando não reflete faz o outro padecer. As experiências são válidas apenas a nível pessoal, prático, de senso comum; mas é no pensamento bem trabalhado e organizado que acontece o método seguro e o infinito de possibilidades.
Não sou contra os sentidos; mas eles são apenas objetos ideados e comandados pelo sujeito da razão. É no mundo das ideias que as coisas, embora subjetivas, se tornam mais concretas, duradouras e mais próximas do universal. Não é o corpo que duvida, é a mente. Tudo passa antes pela fôrma racional, até mesmo o sabor acre de uma fruta que se degusta, ou um aroma doce de um perfume que se inspira, ou ainda um som grave da voz agradável que se ouve, e o sentido suave na mão daquele que sua visão não é capaz de assistir. É na mente que todo o real e imaginário se reproduzem. É ela que faz o corpo sentir.
Quando eu agia movida pelo “eu sinto” com os meus cinco sentidos, errava mais, por deixar as ações em desequilíbrio. Hoje movida pelo cogito de Descartes, eu penso, duvido, pergunto, questiono, interiorizo; recolho-me, exteriorizo, mesmo que depois eu extravase, antes penso se vale; se “penso, logo existo”. Sei, então, que posso controlar qualquer um dos meus instintos. Não que eu tenha perdido minhas sensibilidades, ainda guardo em mim um quê de sensível; apenas sei que é simples o complicado, é na razão que está a felicidade e onde tudo começa a fazer maior sentido.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Elegância
Atualmente, nossa sociedade convive com os avanços tecnológicos e a imposição da indústria cultural, a qual propicia a “coisificação” dos indivíduos. As relações humanas, que eram baseadas em gestos simples de afinidades, passaram a ter qualificação artificial, voltadas para os valores materiais. Antes, por exemplo, uma pessoa buscava no convívio de outra pessoa o prazer da companhia, a conversa gostosa, o olho no olho, a alegria de estar perto, o divertimento em si; hoje, muitas das vezes, procuram-se as pessoas pelo status que elas podem proporcionar; os relacionamentos se dão de acordo com o estilo de vestir, o marca do vinho ou da cerveja, o poder do cartão de crédito etc, e não pela pessoa em si; cada um tem um preço. Você tornou-se o que come, bebe, usa. E deixou de ser o que a sua mente pensa e seu peito pulsa. É a coisa, qualquer que seja a coisa, em detrimento do espírito.
Diante disto, fiquei imaginando sobre o sentido que passou a ter a palavra elegância e o que seria de fato ser uma pessoa elegante.
“A palavra elegante vem do latim elegans e significa quem sabe escolher, de bom gosto, distinto.
Elegância, do latim elegantia e significa gosto, delicadeza, distinção.
1ª definição – Gosto delicado no trajar, no falar, no adorno da casa.
2ª definição – Graça, airosidade, delicadeza e distinção aliada à simplicidade e clareza.”
Não escrevo para criar estereotipos, nem promover preconceitos; muito menos parecer dona da verdade irrefutável, mas para criar uma dialética reflexiva com meu interlocutor. Por isso, desenvolvi uma lista de algumas atitudes elegantes e não elegantes; são tantas, que ficaria muito cansativo colocar tudo aqui.
Elegância tem a ver com cordialidade, solidariedade, cortesia.
É elegante:
1 dar bom dia, não é preciso ignorar uma pessoa só porque não se tem afinidades com ela;
2 Falar baixo, pois querer ganhar tudo no grito é vulgaridade;
3 O silêncio; verdade em excesso é falta de polidez;
4 ouvir, o importante não é falar pouco e não falar junto, mas se esforçar para conseguir compreender a mensagem do outro.
5 discrição no vestuário, porque roupas extravagantes, maquiagens exageradas são muito de mau gosto; a mulher não precisa parecer uma árvore de natal para mostrar a beldade, a naturalidade e o conforto ao se vestir que a torna interessantemente elegante;
6 ser cordial com o garçom; pessoas que pensam que podem maltratá-lo só porque vão pagar a conta são muitos desgraciosas;
7 Cuidar da natureza; jogar lixo pelas janelas de veículos em movimento, como latas de refrigerantes, além de ser falta de nobreza, pode causar acidentes;
8 procurar viver com bom humor, ninguém consegue permanecer muito tempo ao lado de alguém costumeiramente carrancudo(a);
9 reconhecer os erros, além de humildade, é um gesto nobre, que só pessoas de gostos delicados possuem;
10 cooperar; pessoas intransigentes são muito desagradáveis, propensas a causar mal estar.
É muito elegante: esperar a sua vez, dar lugar no coletivo para idosos e mulheres grávidas, andar com serenidade, agradecer, pedir “por favor”, pedir licença, desculpar-se, perdoar, não se meter na vida alheia sem ser convidado(a), ter paciência, não julgar, buscar conhecer, respeitar, é, simplesmente, sorrir.
É a gentileza, a tão falada gentileza, ela é uma das coisas mais honradas que existe; estar na companhia de alguém que sabe ser amável naturalmente é agradabilíssimo; mesmo porque ninguém consegue brigar sozinho, só se for muito louco(a). Um gesto gentil supera toda aspereza.
Odiar é muito deselegante; ninguém é obrigado a morrer de amores por ninguém, mas a neutralidade é delicada;
Ser elegante, porém, é uma atitude serena diante do mundo da vida. É saber entender que a linguagem é humana, que o homem não é “coisa”, mas um ser que sente, cria, dinamiza a cultura e controla a natureza, o único animal capaz de domar os próprios instintos.
Elegância é viver com coerência, é saber chegar e aparecer, é não exagerar e ser intensa, é saber sair sem criar clichês, é deixar mesmo saudades na falta de comparência, é ser a paz sem fazer força dentro de uma guerra, é amar alguém sem que esse alguém saiba, é praticar um bem sem fazer carnaval; é perceber a hora certa de sair de cena. É qualidade de quem possui boa educação.
Você é nada mais e além daquilo que idealiza e o conjunto dos hábitos que exercita.
Cris Calheiros
domingo, 13 de novembro de 2011
Permita-me, poeta
Permita-me beijar-te, poeta;
Oscularei as ruas curtas e estreitas; acolhedoras de tuas coisas imaginadas;
Descerrando as portas que guardam o teu mundo de invenções;
Como aragem inspiradora;
Tocarei nas linhas dos teus versos.
Permita-me, poeta, adoçar as tuas rimas;
Executarei as melodias de tuas melífluas palavras;
Oscilando por formas e modos que completam os teus verbos,
Tornar-me-ei a abundância criativa que te difere de outras mentes.
Toma-me nos braços abastados de tua lingüística, poeta;
Duelarei nos intervalos das tuas linhas bem escritas;
Ressonando os caminhos que nascem teus adjetivos;
Eternizada na omissão daquilo que não queres dizer;
Descansarei nas tuas rimas.
Possua-me, poeta;
Na escuridão indecisa dos teus pensamentos;
Avivarei os trajetos sinuosos dos teus caprichos fantasiosos;
Modularei as tuas metáforas;
Completarei tuas metonímias;
Cadenciarei teus eufemismos;
Serei tua eterna redundância.
Permita-me ser tua musa, poeta;
Cantarei em teus vôos psíquicos;
Como pássaro colossal;
De canto hipnótico;
Elevarei teu pensamento a mundos desconhecidos;
Até que tuas mãos dêem às minhas vontades, incentivadas por teus desejos literários, um ponto final.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
O Papel da Escola
Desde os primórdios tempos a escola deixou de assumir a responsabilidade abarcada no momento de sua criação. O modelo escolástico de hoje ainda se baseia no modelo jesuítico em vários aspectos, as turmas sentadas em fileira, por exemplo. Foram com os jesuítas que surgiram as primeiras propostas de educação no Brasil; a de educação coletiva, catequização, formação cultural e moral dos cidadãos – que, naquela época, eram índios e filhos de colonos; a ética, direitos e deveres, valores e noções básicas de família etc. Daí por diante, todas as reformas educacionais tiveram pouco êxito e as muitas falhas perpetuam-se até a atualidade.
Educar o aluno para a cidadania era o projeto principal do primeiro modelo de escola. No princípio, esta ação teve desempenho feliz e completo; atualmente, as escolas não têm sabido como fazer isso.
Dividir as tarefas é caminho, claro! A tripartição participativa entre pais – alunos- escola é primordial, o problema está na maneira pela qual apresentam. O pouco tempo dos pais com os filhos, devido à necessidade dos pais trabalharem está sendo usado como justificativa para a falta de preparo dos profissionais que agrupam as instituições de educação. Outro erro grave é argumentar que antigamente as mães não trabalhavam e sobrava-lhes tempo suficiente para passar para os filhos noções de moral e valores, e hoje, como muitas trabalham e ficam pouco tempo com seus filhos, suprem suas ausências com a omissão sobre o que é certo e errado. Atribuir isto como causa da rebeldia de nossos jovens é regredir no tempo e desculpa para não agir na causa real. Antigamente, os valores eram outros; hoje, aconteceram grandes evoluções e algumas das maiores delas foram as descobertas de transtornos psicológicos que acometem crianças e adolescentes, que antes, eram julgadas como falta de educação.
As inversões de valores não estão ligadas diretamente aos pais, mas ao todo de uma sociedade perdida... Ninguém mais consegue entrar num acordo sobre o que é certo e o que é errado. Inventam leis sem razões para existirem; e algumas delas até burlam nossos direitos básicos garantidos pela lei natural da vida...
E qual o papel da escola, afinal? Qual o papel dos pais?
Pai e mãe não estudaram para serem pai e mãe, agem de acordo com o amor disponibilizado a ser doado aos filhos e com o instinto. Muitos pais até erram por omissão; outros erram por excesso. Muitos erram por ignorância, e acabam sendo limitados demais. Pai e mãe devem educar, alimentar, vestir, cuidar da saúde física e mental dos filhos, sustentá-los, orientá-los para poderem saber como respeitarem o direito alheio, matricular em uma escola, vigiar mesmo sendo de longe etc. Mas e os filhos que não possuem pais? E os pais que são analfabetos? Como estes vão conseguir obedecer à orientação dada hoje pelas escolas sobre ensinar o dever de casa aos filhos? Coloca em uma explicadora, então! Mas, se os pais não puderem colocar em uma explicadora?...
Mas e a escola? Qual o papel da escola? Em que momento ela entra em ação? A escola tem a obrigação de formar bem seus alunos, pois seus profissionais estudaram para isso. Mas, ainda hoje, com tantas descobertas, as escolas vêm promovendo a desordem e muitas dúvidas.
Outro dia, em uma reunião de turma da escola de minha filha, percebi o fracasso da educação no Brasil, toda desestruturação, falta de clareza nos propósitos. A diretora promoveu uma reunião com pais e alunos de uma turma de adolescentes. Já começou muito mal quando ela iniciou a reunião pedindo socorro aos pais; diretora de escola que chega a fazer este barulho por nada deve amassar o diploma. Então, ela alegou que aquela turma estava levando tudo na brincadeira, até aí tudo bem! Mas prosseguiu através de um diálogo desconexo, cheio de contradições e “disse-me-disse”. Conforme ela ia falando, eu apavorava o pensamento, pensei: “_ Nossa! Só tem coisa ruim aqui!” E argumentei: “_ Como a escola deixou chegar a este ponto, não cortou o mal pela raiz?” Depois seguiu o discurso constrangendo uma aluna indiretamente, colocando em questão uma situação na qual não deveria ser nem falada. A aluna havia usado uma expressão inadequada dentro da turma, nada demais, mas para a diretora foi o fim do mundo; ela citou o acontecido, mas invertendo o contexto; as mães não sabiam quem era, mas saberiam depois, pois os alunos falariam. Algo que a mãe deveria ser chamada em particular e não foi. Fora as promessas feitas aos alunos descumpridas, ameaças, terror psicológico, intimidação, coação, abuso de autoridade, e mentiras por parte da escola. Comecei a perceber que os alunos estavam com razão.
A tal escola, rígida, criou normas, através da despreparada diretora, onde a intenção não está voltada para a boa convivência social, mas para a criação de cidadãos hiper competitivos, robotizados e sem liberdade de expressão. Rir não pode; olhar ao lado nem pensar; chamar o coleguinha de meu amor é falta de respeito, abraçar, beijar, demonstrar afeto é sacanagem e não concordar com regras injustas é suspensão. Alguém está roubando na escola, coisas somem das mochilas misteriosamente, isto sim é caso sério, sumiram todas as canetas do estojo de alguns alunos, como não estão tendo a capacidade de descobrir o ladrão, a culpa caiu sobre a turma toda, estigmatizando-os como marginais. E se o ladrão estiver fora da turma? Complicado, não?!
Outro fato intrigante foi a diretora incluir uma aluna como o pivô de todas as bagunças por portar na mochila um ursinho de pelúcia. Tudo bem que é algo um pouco diferente para um adolescente, mas não é motivo para tumulto. A Justificativa da diretora foi: “_ O ursinho virou bola no intervalo, os alunos estavam jogando jogo do ursinho, isto é proibido, se ela não tivesse trazido o ursinho nada disso teria acontecido.” Ao ouvir tal absurdo, pasmei; ursinho agora é sinônimo de coisa do mal. “Nada disso teria acontecido”? O que significa nada disso? Por que tanto alarde acerca de um ursinho? Sinceramente, não entendi. Que bom ter sido um ursinho! Em outros estabelecimentos os alunos estão brincando de mata mata e tem gente morrendo de verdade, sabe por quê? A intolerância como esta do ursinho; as escolas estão preocupadas apenas com a didática e esquecem de pregar amor.
E o que dizer sobre as notas baixas? Unânimes e desesperadas; a turma inteira vermelhou. Adivinha quem a escola condenou? Alunos e pais. Os professores não conseguem ter clareza e a culpa não é deles? Estranho isso! Se fosse meia dúzia já seria esquisito, ainda que fosse meia dúzia teria algo errado com a meia dúzia e quem leciona; mas sendo a turma toda o erro é de quem? Onde está a falha?
Antes do indivíduo formar família ele é educado por uma família, mas deve ser formado por uma escola, onde deve acontecer de fato a noção e ação de socialidade e sociedade; porém a escola vem deformando alunos. O que adianta eu dizer aos meus filhos : “Sorria mesmo que não te agrade o dia, Cumprimente e dê bom dia, ainda que o teu amiguinho te feche a cara! Ouça teu próximo e respeite teu diferente! Use sempre a empatia!” se quando ao chegar à escola, todas as ações que eu ensinei são deturpadas pela instituição?
As escolas precisam estar atualizadas, necessitam se preparar para atenderem a demanda, promover a inclusão, investirem nos outros tipos de inteligências que não as matérias básicas, reverem as didáticas, adaptarem-se às necessidades dos alunos, principalmente, elas ainda insistem no contrário; as escolas precisam incentivar mais o amor e realizarem mais atividades que promovam a felicidade e menos didáticas. As regras que garantem direitos e deveres devem ser colocadas em prática e obedecidas com certeza. Mas a adaptação do aluno à escola é algo que já foi revisto e provada a necessidade de ser alterado. Um aluno com TDAH, por exemplo, dificilmente conseguirá se enquadrar nos moldes tradicionais, não conseguindo aprender através de textos longos, precisando de atenção diferenciada; na falta do preparo, escolas confundem o TDAH com um aluno desinteressado.
Um aluno portador de discalculia terá sérias dificuldades com a matemática, em ver hora etc; numa situação de despreparo por parte dos profissionais de educação, este aluno pode ser tratado como irônico e debochado. Um disgráfico pode ser confundido e tratado como desorganizado. Um dislexo, ainda hoje, é tratado pela maioria das escolas como burro, incapaz e preguiçoso.
Dentre estes tipos de transtornos, existem outros tantos e cabe a escola identificar, não aos pais, após a desconfiança informar aos pais ou responsável, então, encaminhar, por escrito, aos cuidados de um especialista, para possível diagnóstico e adequado tratamento. Só assim, haverá melhoras na educação.
A desculpa que os adultos de hoje usam é: “Na minha época, apanhava dos meus pais e não morri” Mas muitos destes adultos trazem problemas de transtornos, os quais não foram diagnosticados e tratados e hoje se tornaram os responsáveis e educadores dos nossos jovens, responsáveis e educadores perdidos, sem saberem o que fazer, porque teimam em colocar a culpa na ausência dos pais; por isso, para que tenhamos um futuro melhor com adultos e jovens saudáveis mentalmente, é preciso que se faça um trabalho completo acerca dessas causas. Só assim, evitaremos os catastróficos efeitos.
Então eu deixo a pergunta às escolas, professores, coordenadores, diretores etc: Que tipo de cidadãos vocês desejam formar? Que tipo de sociedade vocês desejam para o futuro?
Então eu deixo a pergunta às escolas, professores, coordenadores, diretores etc: Que tipo de cidadãos vocês desejam formar? Que tipo de sociedade vocês desejam para o futuro?
Cristiane Calheiros
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Falando sobre política
Por que fazer política? Não existe língua nativa quando não compartilhada por uma sociedade; a língua é uma convenção, um sistema social, segundo Saussure, a linguagem humana é o meio pelo qual os membros das sociedades interagem; a comunicação se dá através da língua.
Uma sociedade democrática é comandada por um povo, mas quem representa tal povo são os homens da política. Segundo o Dicionário, a palavra política significa Conjunto de fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a uma Sociedade. Sendo assim, tudo gira em torno das políticas, sejam elas quais forem.
Usando o fato atual dos manifestos dos Bombeiros, na luta pela aprovação da PEC300, tudo começou com a criação deste Projeto de Ementa Constitucional, que garante um piso salarial equiparado aos policiais de Brasília, criado no ano de 2008. Depois de tantas negociações em torno da PEC 300, e tanta expectativa de ter garantido aquilo que é de direito, depois de tantas manobras políticas, ou seria melhor dizer manobras não políticas?, para não aprovação daquilo que já teve aprovação, de tantas promessas não cumpridas, os Bombeiros cansaram de ser enganados. A quem recorrer? A política, aos políticos e aos atos que sempre serão políticos, mesmo quando políticos, os quais deveriam cuidar bem dos negócios públicos e não cuidam, teimam em falar em rede nacional: 'Isto é política!" Seria está frase uma redundância? Ou uma ironia?
Dormimos fazendo política, acordamos fazendo política, e passamos nosso dia a dia fazendo política. A política da boa vizinhança, fazemos política quando fechamos um negócio, quando precisamos persuadir numa palestra universitária, em sala de aula o professor faz política o tempo todo com os alunos, no trabalho fazemos política com os colegas, toda a mãe é uma exímia política, toda estratégia é uma forma de política, em qualquer relação humana a política está enraizada. Nosso legado político é muito antigo. E só somos políticos porque somos seres humanos e dentre os outros animais somos os únicos a possuir linguagem verbal.
O problema da política é que as pessoas acostumaram aludir tal palavra às coisas ruins. Mas política em seu sentido real é do bem e não do mal. Política não é sinônimo de sacanagem, mas através dela dá pra se fazer muitas canalhices... Só se recupera o seu sentido real de política com ação, com o verbo agir, fazer e acontecer, falar, reivindicar, cobrar daqueles que lá no topo foram colocados e até passeando nas ruas, e até passeando nas ruas para tirá-los do topo.
No último tópico de um dos dicionários eu encontrei a seguinte explicação: política é o modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia. Sendo assim, se a manifestação dos Bombeiros for mesmo um ato político e é, pois mesmo se não tiverem interesses eleitoreiros por trás, ainda assim será um ato de política, se a manifestação é um ato político, está faltando habilidade no trato das relações humanas por parte do governo, falta preparo deste governo, pois o Rio de Janeiro tem verba sim para aumentar não só os salários dos militares, mas de todos os outros setores públicos. Que seja um resultado acertado, que o modo de conduzir as negociações seja seriamente político, diferente de eleitoreiro; e que comecem a trabalhar nas causas e não nos efeitos.
Cuidado quando falar: "Eu não faço política!" Isto é uma contradição. Em toda ação humana existe e sempre existirá um interesse por trás, isto é fato, basta saber o que é e o que não é justo, o que é e o que não é de direito.
Cristiane Calheiros
Uma sociedade democrática é comandada por um povo, mas quem representa tal povo são os homens da política. Segundo o Dicionário, a palavra política significa Conjunto de fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a uma Sociedade. Sendo assim, tudo gira em torno das políticas, sejam elas quais forem.
Usando o fato atual dos manifestos dos Bombeiros, na luta pela aprovação da PEC300, tudo começou com a criação deste Projeto de Ementa Constitucional, que garante um piso salarial equiparado aos policiais de Brasília, criado no ano de 2008. Depois de tantas negociações em torno da PEC 300, e tanta expectativa de ter garantido aquilo que é de direito, depois de tantas manobras políticas, ou seria melhor dizer manobras não políticas?, para não aprovação daquilo que já teve aprovação, de tantas promessas não cumpridas, os Bombeiros cansaram de ser enganados. A quem recorrer? A política, aos políticos e aos atos que sempre serão políticos, mesmo quando políticos, os quais deveriam cuidar bem dos negócios públicos e não cuidam, teimam em falar em rede nacional: 'Isto é política!" Seria está frase uma redundância? Ou uma ironia?
Dormimos fazendo política, acordamos fazendo política, e passamos nosso dia a dia fazendo política. A política da boa vizinhança, fazemos política quando fechamos um negócio, quando precisamos persuadir numa palestra universitária, em sala de aula o professor faz política o tempo todo com os alunos, no trabalho fazemos política com os colegas, toda a mãe é uma exímia política, toda estratégia é uma forma de política, em qualquer relação humana a política está enraizada. Nosso legado político é muito antigo. E só somos políticos porque somos seres humanos e dentre os outros animais somos os únicos a possuir linguagem verbal.
O problema da política é que as pessoas acostumaram aludir tal palavra às coisas ruins. Mas política em seu sentido real é do bem e não do mal. Política não é sinônimo de sacanagem, mas através dela dá pra se fazer muitas canalhices... Só se recupera o seu sentido real de política com ação, com o verbo agir, fazer e acontecer, falar, reivindicar, cobrar daqueles que lá no topo foram colocados e até passeando nas ruas, e até passeando nas ruas para tirá-los do topo.
No último tópico de um dos dicionários eu encontrei a seguinte explicação: política é o modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia. Sendo assim, se a manifestação dos Bombeiros for mesmo um ato político e é, pois mesmo se não tiverem interesses eleitoreiros por trás, ainda assim será um ato de política, se a manifestação é um ato político, está faltando habilidade no trato das relações humanas por parte do governo, falta preparo deste governo, pois o Rio de Janeiro tem verba sim para aumentar não só os salários dos militares, mas de todos os outros setores públicos. Que seja um resultado acertado, que o modo de conduzir as negociações seja seriamente político, diferente de eleitoreiro; e que comecem a trabalhar nas causas e não nos efeitos.
Cuidado quando falar: "Eu não faço política!" Isto é uma contradição. Em toda ação humana existe e sempre existirá um interesse por trás, isto é fato, basta saber o que é e o que não é justo, o que é e o que não é de direito.
Cristiane Calheiros
sábado, 4 de junho de 2011
Parabéns aos Bombeiros do Rio - E que a História não se torne mais uma história
É muito engraçado como em questão de segundos inverte-se valores; é deprimente ligar a televisão e ter que escutar o Senhor governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mentir, omitir e deturpar toda a situação. Queria ver ele viver com menos de mil reais de salário e precisando sustentar mulher e filhos... Ele vem tirando direitos de servidores públicos desde que foi eleito, e ainda diz que fez muito pelos militares, é um medíocre. Que pare os Bombeiros, as Polícias, os médicos, professores e o povo acorde e vá para as ruas apoiar, é direito deles lutarem por seus direitos, a Constituição garante isso; afinal... vivemos uma democracia. Ou não? Quero ver o Cabral mandar prender o povo! Quero ver o Cabral ter que viver no limite, tendo que virar noites em seguranças para garantir o pão!
Lamentável foi assistir a polícia militar se meter nisso tudo quando os Bombeiros se manifestavam por eles também. O Brasil é mesmo o país de ladrão e de bundão!
Para os que não sabem e nem se interessam em saber; a negociação não dura dois meses, como tem dito a imprensa, a negociação acerca da PEC 300 vem acontecendo antes de 2010, aliás, a falta dela, porque as manobras políticas para a não aprovação da PEC 300 foram muitas, e o povo brasileiro nem conhece o assunto; talvez nem saiba o que significa a PEC 300; claro! o povo brasileiro está acostumado a eleger Lulas, Dilmas, Tiriricas, e assim por diante; assiste a tudo como platéia e depois esquecem aqueles que escolheram como os palhaços que nos governam.
Esta manifestação é a reação às ações de crimes cometidos pelos nosso políticos, inclusive pelo governador Sérgio Cabral, que odeia militar e pobre... O vice presidente, o tal do Temer, chegou a pedir a dona Dilma, quase pelo amor de Deus, que não aprovasse o projeto que garante o direito dos militares de terem o salário digno, defasado há anos. O salário mínimo aumentou várias vezes, e o dos militares, só regrediu. Em 2000, um policial ou bombeiro ganhava mais ou menos 4(quatro) salários mínimos. Hoje, ganha, 1(um) e meio; mesmo com o aumento dado pelo governo, não houve equiparação salarial. Quem está cometendo crime contra quem?
As Upas são todas fracassos, as UPPs uma jogada política; onde o combinado com os bandidos do tráfico é: "_ Vocês sumam até a copa do mundo, vendam suas drogas na encolha e finjam que estão deixando a polícia trabalhar, depois vocês voltam!" Duvido que não!
Enquanto o Cabral tem segurança particular, os militares vivem sobre pressão;
enquanto o Cabral se alimenta de bebidas finas e caviar, com o dinheiro do povo, muitos daqueles militares, aos quais ele chamou de vândalos, passam a água e duro pão.
enquanto o cabral tem plano de saúde, não só os militares, mas também o povo pobre inteiro necessita rezar muito para não precisar encarar hospitais públicos; e se precisar, rezar mais ainda para não morrer.
Enquanto o Cabral mente descaradamente, a mídia mostra todas as suas hipocrisias, o povo brasileiro vive uma ditadura fantasiada de liberdade de expressão.
Cristiane Calheiros
Lamentável foi assistir a polícia militar se meter nisso tudo quando os Bombeiros se manifestavam por eles também. O Brasil é mesmo o país de ladrão e de bundão!
Para os que não sabem e nem se interessam em saber; a negociação não dura dois meses, como tem dito a imprensa, a negociação acerca da PEC 300 vem acontecendo antes de 2010, aliás, a falta dela, porque as manobras políticas para a não aprovação da PEC 300 foram muitas, e o povo brasileiro nem conhece o assunto; talvez nem saiba o que significa a PEC 300; claro! o povo brasileiro está acostumado a eleger Lulas, Dilmas, Tiriricas, e assim por diante; assiste a tudo como platéia e depois esquecem aqueles que escolheram como os palhaços que nos governam.
Esta manifestação é a reação às ações de crimes cometidos pelos nosso políticos, inclusive pelo governador Sérgio Cabral, que odeia militar e pobre... O vice presidente, o tal do Temer, chegou a pedir a dona Dilma, quase pelo amor de Deus, que não aprovasse o projeto que garante o direito dos militares de terem o salário digno, defasado há anos. O salário mínimo aumentou várias vezes, e o dos militares, só regrediu. Em 2000, um policial ou bombeiro ganhava mais ou menos 4(quatro) salários mínimos. Hoje, ganha, 1(um) e meio; mesmo com o aumento dado pelo governo, não houve equiparação salarial. Quem está cometendo crime contra quem?
As Upas são todas fracassos, as UPPs uma jogada política; onde o combinado com os bandidos do tráfico é: "_ Vocês sumam até a copa do mundo, vendam suas drogas na encolha e finjam que estão deixando a polícia trabalhar, depois vocês voltam!" Duvido que não!
Enquanto o Cabral tem segurança particular, os militares vivem sobre pressão;
enquanto o Cabral se alimenta de bebidas finas e caviar, com o dinheiro do povo, muitos daqueles militares, aos quais ele chamou de vândalos, passam a água e duro pão.
enquanto o cabral tem plano de saúde, não só os militares, mas também o povo pobre inteiro necessita rezar muito para não precisar encarar hospitais públicos; e se precisar, rezar mais ainda para não morrer.
Enquanto o Cabral mente descaradamente, a mídia mostra todas as suas hipocrisias, o povo brasileiro vive uma ditadura fantasiada de liberdade de expressão.
Cristiane Calheiros
quarta-feira, 25 de maio de 2011
A Caverna de Platão
Sou fã de filosofia, literatura nem tenho como explicar o quanto amo!, psicologia... Ah! É mágico...
Eu adoro Aristóteles, mas gosto em especial de Platão. Este foi um dos maiores filósofos que já conheci, um homem sensível, embora voltasse suas ideias para um mundo racional.
Platão tinha toda razão...
Mas quando ele mencionava a mediocridade dos poetas de sua época, não imaginava que a visão acerca desse mundo de alienação serviria muito bem ao nosso senso comum do século XXI, nem sonhava que a sua história sobre os homens da caverna, em seu livro A República, mencionaria nosso mundo atual, Platão era mesmo um gênio; e agora sei que ele não falava dos poetas.
Saramago disse algo que me fez pensar, além de analisar, que nunca se viveu antes a caverna de Platão como se vive hoje. Ela continua dialogando com o tempo atual sim. Os homens descobriram coisas, curas, meios novos de se comunicar, evoluíram, desenvolveram-se em suas habilidades, tentaram manipular o tempo, não pararam de competir, mudaram fatos na linguagem, continuam brincando de ser Deus e desaprenderam o verbo conhecer. Quanto mais o ser humano “aprende”, muitas das vezes, ele se fecha na caverna de Platão, um dia abandonada pelos homens daquela época, esperando para abrigar, em suas ignorâncias, os de atualmente.
Não há tempo para nada; sobram estímulos, e falta reflexão; não existe mais tempo para olhar a chuva cair, admirar pássaros cantar, ninguém mais repara na fotossíntese, não abraça uma árvore, não tem o prestígio de sentir o aroma de uma flor; até o sol se põe escondido, e não é possível olhar mais arco-íris. Está faltando amor.
Não há tempo para coisas simples; as pessoas só se preocupam com contas a pagar, outras pessoas a derrubar, inventam várias novas grifes, surgem tantas outras ideias inúteis, que fabricam coisas também inúteis, as quais, em muito curto tempo, serão esquecidas num canto da casa, pois já ficaram ultrapassadas.
Sobram futilidades e falta tempo para os gestos nobres, aqueles que renovam os ânimos e evitam contradições: um sorriso, um beijo e abraço abnegados, um ouvido, um ombro amigo, uma palavra de consolo, um ato de carinho, um olhar ao nada, um bom dia ao sol, um momento de poder deitar na grama e vadiar. O homem tem tudo e não tem nada; porque o que precisa mesmo é o que lhe falta.
O cão não fala porque não pode, e o homem fala o que não cabe; vive se dizendo dono das verdades, sofre por ansiedades e gostam de fazer inimizades.
O homem, dentre todos os outros animais, é privilegiado pela liberdade da linguagem, mas a privam, usam a língua de forma indigna, deturpam, inventam, caluniam, matam, roubam, tripudiam, e causam todos os tipos de violência, apenas para fazer valer sobre outros homens suas certezas... O mundo está cheio de violências. Está faltando tempo para reconhecer as virtudes. O homens desaprenderam o verbo respeitar.
O homem já se acostumou a apontar defeitos, e imaginar, e fazer todos os outros seus acreditarem que tudo é defeito, quando o mundo poderia ser sim um mundo perfeito. Porque o homem renega a luz por medo de corrigir um erro, aceitando continuar passeando pela escuridão. Está sobrando vaidades e estão invertendo os espelhos.
Platão não é mais corpo, mas deixou-nos de legado A Caverna como exemplo para que possamos refletir como somos ignorantes.
Cris Calheiros
sábado, 7 de maio de 2011
Ler e Escrever
Ler é levitar, escrever é respirar.
Ler é buscar no indeterminado o lugar certo, o caminho ideado;
Escrever é gritar forte sem fazer ruído e barulhar no silêncio.
Ler é poder mutar-se através de milésimos, independente dos milênios.
É deixar de ser e descobrir-se ser,
É ser o que se é e o que se quer desejar ser,
É respirar profundo e relaxar fundo,
É ter o poder de mudar o mundo.
Escrever é descarrego,
É saber o que se diz sem imaginar o que dirá,
É adivinhar sobre outros sem notar nem pretender,
É viajar sem se mexer,
E dominar sem sair do lugar.
Ler é Oxigênio trabalhando,
Escrever é sangue jorrando...
Cris Calheiros
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Pedido da Natureza
Hoje meu coração chora, meu peito sangra; minha garganta já destruída ainda grita por teu nome; mas teus ouvidos não escutam a voz mais doce, mais pura, mais serena; a minha; a voz que berra tua atenção; mas tua distração te deixa cada vez mais ausente aos meus claros problemas.
Hoje eu não sou mais a mesma, mas a grandeza do meu verde ainda consegue unir forças para regenerar-me; e é então que eu preciso transmutar o bem que te ofereço para o mal que eu necessito fazer-te; necessito defender-me de tuas mãos impiedosas, e teus pensamentos gananciosos.
Hoje eu queria poder ser a tua mais límpida respiração; mas diante das circunstâncias apresentadas pelo teu desrespeito; eu tenho como resposta as pragas;
Hoje eu queria saciar tua fome sem que tu precisasses gastar demais; mas são tantos os venenos aos quais tu me ofereces; que só me resta dar a ti os alimentos alterados e muitas das vezes nocivos;
Hoje eu gostaria que tu pudesses pisar-me descalço com leveza; e levasses de mim um pouco da calma e da energia renovadora que só eu possuo; mas teus sonhos evolutivos não me deixam outra alternativa a não ser a de fazer-te estressante perante a tanta poluição;
Hoje eu gostaria que o sol não queimasse tanto e tu pudesses ter um lugar tranqüilo, aonde de mim terias a proteção; mas tuas vontades financeiras levaram minhas sementes; e não pude dar-te frutos nem sombras; esqueceras de me renovar.
Hoje eu desejaria muito que as fortes chuvas não destruíssem tuas casas e tivesses um lugar quentinho pra se abrigar e esconder das tempestades; mas a tua vaidade, falta de cuidado comigo, e a sujeira que tu fazes só me deixou a alternativa de me rebelar; porque se assim não fizer eu morrerei um dia; é urgente que eu me reequilibre.
Hoje eu só queria que tu me olhasses e percebesses que eu te amo; tu és parte de mim; e para toda ação há uma reação; e se não fizeres algo para me ajudar; eu não poderei salvar-te.
Ass.: Mãe Natureza!
12 novembro de 2009
Cris Calheiros
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O Significado Real do Amor
O significado real do amor.
A palavra amor tem um significado amplo. Há quem diga não haver como definir; muitos dizem apenas poder sentir. Amor pode aparecer na compaixão destinada a outro ser; pode estar na afeição que se sente pelos filhos, na misericórdia dispensada a um irmão. O amor pode ser ingrediente da paixão, daquela cheia de apetite, do desejo e da libido. Ele ainda pode se dar na satisfação sentida pelas vitórias alheias, pela certeza dos amigos; num simples querer bem desinteressado e inibido.
O amor é certo de ser ele um grande vínculo; está na face oculta de Deus, na vida, naquele e seu afim; é ele, uma semente existente em todos os seres; não importa se seja amor do grego ou latim. Amor sempre será divindade, e impossível de realidade; pois estará sempre em tudo o que é essencial. O amor é fundamento, fundamental.
O amor pode ser a falta, de Platão, quando o amante procura no amado as fantasias, das idéias e verdades que o outro não possui. Mas pode estar como os pensamentos de Sócrates, sendo a única coisa possível de se entender, falar e sentir.
O amor é permitido quando passar despercebido; e da natureza se sente aquilo que não se planejou por outro ser, seja ele quem for. O amor vem das almas quando retrata Eros e Psique, neste se mesclam espírito e prazer. Mas pode, assim, o amor esperar algo em troca; ponderado entre prós e contras antes de se comprometer.
O amor pode ser carinho, altruísmo, reciprocidade e compromisso; e se misturar entre tantos adjetivos e substantivos; pode alterar os ritmos cardíacos, mas será sempre um empenho a fazer. De certo que o amor é mais, muito mais do que eu ou você.
Mas analisando a fundo a palavra amor, separando suas sílabas, tem este sentimento um claro sentido, um significado oculto, A – mor. A é negação, ausência e é prefixo. Sem A, mor é grande, diminutivo de maior, pode ser um nome. Sem mor, “A” é letra de nome, pode ser mínimo, solidão, abnegação.
Por isso, amor é a ausência do egoísmo, negativa para o ódio; o perfume do espírito. O Eu sem “A” é maior, o Eu com “A” é um risco. Embora profundo, o amor é sereno, discreto e rijo. O amor acontece de fora pra dentro, mesmo que seja num pequeno suspiro. Ele é o paradoxo de seu maioral quando quem o sente torna-se grande e ausente. Amar é negar a si mesmo, para entender o outro; é dividir-se em muitos, é multiplicar-se em tantas lembranças; e tatuar diversos corações apenas com gestos bastante simples.
Cristiane Calheiros
A palavra amor tem um significado amplo. Há quem diga não haver como definir; muitos dizem apenas poder sentir. Amor pode aparecer na compaixão destinada a outro ser; pode estar na afeição que se sente pelos filhos, na misericórdia dispensada a um irmão. O amor pode ser ingrediente da paixão, daquela cheia de apetite, do desejo e da libido. Ele ainda pode se dar na satisfação sentida pelas vitórias alheias, pela certeza dos amigos; num simples querer bem desinteressado e inibido.
O amor é certo de ser ele um grande vínculo; está na face oculta de Deus, na vida, naquele e seu afim; é ele, uma semente existente em todos os seres; não importa se seja amor do grego ou latim. Amor sempre será divindade, e impossível de realidade; pois estará sempre em tudo o que é essencial. O amor é fundamento, fundamental.
O amor pode ser a falta, de Platão, quando o amante procura no amado as fantasias, das idéias e verdades que o outro não possui. Mas pode estar como os pensamentos de Sócrates, sendo a única coisa possível de se entender, falar e sentir.
O amor é permitido quando passar despercebido; e da natureza se sente aquilo que não se planejou por outro ser, seja ele quem for. O amor vem das almas quando retrata Eros e Psique, neste se mesclam espírito e prazer. Mas pode, assim, o amor esperar algo em troca; ponderado entre prós e contras antes de se comprometer.
O amor pode ser carinho, altruísmo, reciprocidade e compromisso; e se misturar entre tantos adjetivos e substantivos; pode alterar os ritmos cardíacos, mas será sempre um empenho a fazer. De certo que o amor é mais, muito mais do que eu ou você.
Mas analisando a fundo a palavra amor, separando suas sílabas, tem este sentimento um claro sentido, um significado oculto, A – mor. A é negação, ausência e é prefixo. Sem A, mor é grande, diminutivo de maior, pode ser um nome. Sem mor, “A” é letra de nome, pode ser mínimo, solidão, abnegação.
Por isso, amor é a ausência do egoísmo, negativa para o ódio; o perfume do espírito. O Eu sem “A” é maior, o Eu com “A” é um risco. Embora profundo, o amor é sereno, discreto e rijo. O amor acontece de fora pra dentro, mesmo que seja num pequeno suspiro. Ele é o paradoxo de seu maioral quando quem o sente torna-se grande e ausente. Amar é negar a si mesmo, para entender o outro; é dividir-se em muitos, é multiplicar-se em tantas lembranças; e tatuar diversos corações apenas com gestos bastante simples.
Cristiane Calheiros
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